segunda-feira, 25 de novembro de 2013

ARZ048. O vale amarelo


(Coleção Arizona, nº 48)
 
 
 

ARZ047. Alma Negra


(Coleção Arizona, nº 47)

  • Timothey Causey era um ser repugnante que nada tinha de bom nem de honrado. Para ganhar os dois mil dólares que ofereciam pela captura do seu antigo companheiro e chefe de quadrilha, não hesitou em denunciá-lo.
    Mas a sua perdição teve origem na sua obsessão por uma bela rapariga, uma mulher honesta filha de um ferreiro que lhe deu uma lição quando se atreveu a assediá-la. Causey não gostou e, deixando desenvolver a sua obsessão, tentou matá-lo infrutiferamente.
    Perseguido pelo valente xerife Everton, desprezado pelos antigos companheiros que desconfiavam do seu comportamento, empreendeu uma fuga para o México a partir de Las Cruces, mas, a dois passos daquele destino, a sua paixão por Lírio obrigou-o a voltar. Queria matar o xerife, o ferreiro e raptar a bela morena. Mas a sua alma negra encontrou aí o fim de tanta maldade.

    A Coleção Arizona tem aqui um bom livro de O.C.Tavin que ilustra bem o seu tipo de edição neste momento. Muitas das obras publicadas na coleção eram sobre indivíduos à margem da lei que ou se regeneravam ou morriam com honra. Com Causey nada disso sucedeu. Apenas Lídia, uma bela loira a quem ele tinha aprisionado o filho, afirmou ao terminar a história:

    «Era um criminoso, sem dúvida, mas eu sentia uma certa compaixão por ele. Que Deus lhe perdoe». A sorte que ela teve em Causey não ter concretizado os planos…
    Passagens:


domingo, 24 de novembro de 2013

ARZ046. O falsário


(Coleção Arizona, nº 46)


Contratar alguém para este assumir uma falsa identidade e fazê-lo apresentar-se junto do "pai" que tinha deixado de o ver há um mês na convicção de que este não o reconheceria... mais, o rapaz estava completamente transformado, disparava bem, era excelente lutador, estava apto a continuar o negócio de compra e venda de cavalos...
Daqui o título "O falsário" dedicado a este homem que cumpria um plano bem urdido pelo fiel Lee, um chinês que conhecera o sabor da escravatura...
Que se passaria com o falsário? Conseguiria enganar a própria namorada? Seria descoberto ou libertaria a povoação de indesejáveis?
Este livro de César Torre deixa um pouco a desejar, estando a um passo de ser atirado para o lote dos Intragáveis...

ARZ045. Terras de violência


(Coleção Arizona, nº 45)
 
 
Esta é a história de um homem que chega a uma cidade com uma estrela de xerife e se dedica a eliminar, com a ajuda de um amigo e de um velho rancheiro, uma corja de bandidos que por lá dominava e tentara enforcar o rancheiro.
O livro, difícil de tragar, tem uma passagem na qual apresenta os versos "O bandido encantado":

Um cavaleiro a galope
dos defensores da lei fugia,
correndo não reparou
o que uma jovem fazia

Era formosa mas pobre,
duas armas possuía.
Com mão firme o arrastou
para onde se escondia.

O malfeitor deslumbrante
perante ela se ajoelhou,
estava trémulo e triste
e a custo balbuciou:

- Obrigado!... minha estrela
que do céu me vieste soltar,
prostrado diante de ti, juro...
que só o teu amor me fará emendar.

Se esse amor comigo vier ter,
este malfeitor se vai entregar.
Que a lei dos homens faça justiça
e do meu arrependimento, talvez perdoar.

Com os olhos erguidos p'ró céu
dos seus crimes perdão pediu.
Ao seu amor ele enlaçou,
e pela primeira vez, feliz sorriu.

E, dos lábios da rapariga,
um "sim" harmonioso de fez ouvir
seus lábios lindos lhe entregou,
e logo o jovem os fez uni.

Mas, no peito dessa mulher
o seu coração tremia,
tinha medo de perder
esse rapaz que tanto queria.

E um dia, ao começar,
mão perversa o matou,
uma pomba branca de neve
até ao céu ela voou.

E a pobre rapariga
que de manhã se levantou
ao quarto dele se dirigiu
abriu a porta e entrou.

Um grito dilacerante ela sooltou
ao ver o seu amor ensanguentado
ferida na sua dor mais sagrada
levou as mãos ao rosto e recuou.

Pasados os primeiros minutos,
uma silhueta lá distinguiu
de olhos pequenos mas cruéis
que para ela se dirigiu.

De um salto estava junto dela,
frio punhal uma dextra segurava,
era um bandido, um criminoso,
que a Justiça procurava.

Era o chefe da quadrilha
à qual o morto pertencera.
Estava ali para juntar
a linda moça ao que morrera.

Triste, a jovem fitou o amante
densa névoa a vista lhe toldou,
as suas armas fogo vomitaram
um grito por entre vales ecoou.

Então a rapariga, recuando sempre,
ao seu amado se abraçou.
Pegando na arma que lhe dera a morte
com os seus próprios braços se matou.

Mais palavras para quê? É um autor português, com certeza. John Washing, 17 obras registadas na Biblioteca Nacional, com o apelido Washington...
A capa é, com certeza, de Carlos Alberto.

sábado, 23 de novembro de 2013

ARZ044. Pronto para morrer


(Coleção Arizona, nº 44)

Quando um conjunto inesperado de mortes foi sendo conhecido, a primeira versão das suas causas foi o suicídio, mas a intervenção de um jornalista de Leste muito hábil com as armas, dotado da dose de fanfarronice normal nos livros de Raf G. Smith, foi determinante para determinar os verdadeiros causadores. O autor, mais uma vez, mostra o seu instinto para a novela policial.
Na capa, o fanfarrão (que se gabava de estar sempre pronto a morrer), acompanhada de uma bela jovem, exibe as armas com que acabava de abater mais alguns inimigos.

ARZ043. O indomável


(Coleção Arizona, nº 43)
 
 
"Por entre a ramagem dos pinheiros o sol declinava lentamente para além de uma montanha que se via ao longe. Soprava um vento forte e fresco. O céu, coberto de nuvens brancas, parecia adivinhar a neve que não tardaria muitos mais dias a cair. Perdida entre a imensa pradaria do Oeste, erguia-se uma pequena povoação composta por um escasso número de pessoas que, em união, viviam a sua vida, esquecidas da solidão que as cercava. Alguns anos atrás, uma caravana de colonos vinda do Missouri fez alto naquele ponto. Ergueram-se as primeiras casas, desbravaram-se terras, cultivaram-se campos que anteriormente eram desertos maninhos, e, aos poucos, a povoação foi crescendo. Nunca houve discórdias entre uns e outros, nunca um revólver falou para impor respeito. Alguns homens, mesmo, não os tinham. Serviam-se de um velho rifle quando iam caçar, e nunca mais foi preciso andar armado nas ruas".
O personagem da história que assim começa nasceu e foi criado nesta pequena povoação onde nada se passava até ao dia em que três forasteiros, armados e com mau aspecto, chegaram e, abusando da hospitalidade de um habitante, roubaram-no e pagaram-lhe com tiros. Sendo nessa altura um miúdo, coube-lhe transportar uma criança para ir viver com uns familiares noutra povoação e passou a procurar os responsáveis por tão vil acto.
O autor, Oliveira e Silva, parece-nos de nacionalidade portuguesa, não havendo registos de mais qualquer obra do mesmo. Nesta, utiliza um estilo em que usa excessivamente a fanfarronice e a resolução de conflitos com tiroteio. O livro, por outro lado, tem um número de páginas excessivo para este tipo de novela, notando-se, em algumas passagens, a pretensão do autor em prolongar uma situação através de uma descrição mais cuidada e longa.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

ARZ042. Um noviorquino no Far-West


(Coleção Arizona, nº 42)
 
Imagine-se um pacato cidadão nacional, bem vestido, bem tratado, habituado a copo de leite, no selvagem oeste. Este foi talvez o fio condutor de Vasco Santos quando se lembrou de escrever esta novela notável e enorme (173 páginas!). Depois, juntou-lhe habituais ingredientes: roubos de gado, descoberta de petróleo, um velho pesquisador assassinado. Mais, o homem não tinha treino de vaqueiro mas era um exímio lutador. Finalmente, estava livre como um passarinho e deparou com aquela menina encantadora...
V. Saint Kasymir tem aqui uma excelente novela. É pena não haver uma recolha destes textos de autores portugueses desta "era" e uma publicação que lhes faça justiça.
A capa, não assinada, provavelmente de Carlos Alberto, mostra o noviorquino em luta com uma das alimárias que se lhe atravessaram no caminho.

ARZ041. Até à última bala




(Coleção Arizona, nº 41)