domingo, 15 de outubro de 2017

ARZ145. Um pacificador perigoso

 
(Coleção Arizona, nº 145)

No velho Oeste, pacificadores e caçadores de recompensas eram entidades cujas práticas estavam longe de ser apreciadas por todos aqueles que procuravam uma vida de paz. Isto adensa-se quando o relato das suas façanhas é feito por alguém como Silver Kane, o autor do romance negro do Oeste.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

ARZ140. A última fronteira

(Coleção Arizona, nº 140)

Iria Larsen atravessar a última fronteira para a liberdade ou encontrar o caminho para a morte? Perseguido por um xerife, irmão de um homem a quem tinha abatido, Larsen chegou ferido à casa de uma mulher a quem tinha abandonado. Esta tratou-o e, quando se afastou, veio a saber que o companheiro dela estava metido num sarilho com o banco que lhe pagava principescamente para proteger o transporte do dinheiro entre México e USA. Decidiu-se a ajudar este homem pelo respeito que ela lhe merecia, mas ele não era tão honesto como ambos supunham. E Larsen viu-se entre o fogo do xerife que o perseguia e o homem que queria preservar o que tinha conquistado, mesmo com meios pouco honestos.
Esta novela é bem ao estilo de Silver Kane com pormenores que só este autor sabe valorizar. Aqui deixamos algumas passagens:





segunda-feira, 12 de junho de 2017

ARZ139. O homem dos «Mustangues»

(Coleção Arizona, nº 139)

Um estranho mistério perseguia o negócio de Howard Carson. O seu negócio de venda de cavalos parecia bloqueado pela ação de um caçador de «mustangues» que conseguia chegar aos compradores com preços imbatíveis. Howard dirigiu-se ao local de venda para descobrir quem era aquele estranho vendedor, Dale Miller, a quem ninguém parecia conhecer e foi abatido. Margaret, filha de Howard, decidiu descobrir quem era o assassino do pai e partiu em busca da misteriosa personagem. Veio a encontra-lo e atraiu-o ao seu rancho, mas, aí, monumental deceção tomou conta dela. Afinal, o assassino do pai era alguém muito perto dela e não o vendedor de «mustangues».
Eis um livro muito interessante de Cesar Torre onde até a presença de um declamador de textos de Shakespeare tem um papel determinante na ação.

Passagens:
PAS762. Decepção

ARZ138. Nojo por um cobarde

(Coleção Arizona, nº 138)

O número 138 da Coleção Arizona traz-nos uma obra cuja autoria é atribuída ao prestigiado Clark Carrados com o título «Nojo por um cobarde». No entanto, uma indicação de Copyright inserida numa das páginas iniciais faz-nos acreditar que a obra não é deste autor, mas sim de Vicente Adam Cardona, mais conhecido por Vic Adams, um escritor mais dedicado à ficção científica e recentemente falecido (Dezembro de 2018). 
Tal suspeita é reforçada pelo argumento que, como dizemos adiante, é excessivamente forçado relativamente às situações descritas e ainda pelo facto de a escrita de Carrados nos parecer mais elaborada do que a do presente livro. Portanto, acreditamos estar aqui perante mais um erro dos responsáveis da APR.
A tradução foi executada por Adelino dos Santos Rodrigues, um nome que, embora não saibamos se corresponde à mesma pessoa, é fácil de encontrar na Internet como tradutor de livros de aventuras como por exemplo «O Conde de Monte Cristo». É curioso encontrar entre os tradutores destes livros, nomes que, mais tarde, terão tido alguma relevância no panorama literário ou na atividade de tradução. 

«Nojo por um cobarde» é uma história em que uma mulher incita o noivo a bater-se em duelo com um pistoleiro cruel com o objetivo de se ver livre dele e de lhe ficar com o rancho. 
Paul Mayers, o noivo, era um jovem rancheiro rápido com as armas, mas que nunca tinha vertido sangue humano e a situação foi para ele de tal modo confrangedora que todos o julgaram um cobarde. Incitado a bater-se em duelo, acabou por acertar no seu adversário e num cúmplice desse e considerou-se, a partir dali, um perseguido pela Lei. 

Na fuga que encetou acabou por ser contatado por alguém que o desafiou a procurar a reabilitação através da participação na destruição de uma quadrilha famosa que atuava na região. Não demorou a encontrar alguns homens dessa quadrilha e a infiltrar-se na mesma. E, coisa curiosa, depois de muito penar, veio a descobrir que o chefe oculto da mesma era o homem que o desafiara para um duelo e que lhe roubara a noiva. 
O livro é interessante, com alguma carga de dramatismo, mas a trama é excessivamente forçada. As coisas só funcionaram assim, porque a mente do senhor Carrados (ou do senhor Adams de acordo com a nossa suspeita) o quis, tudo está um pouco afastado da realidade. 
A própria presença de uma jovem beldade entre os bandidos que lhes faz a comida, mas que a respeitam, é de excessiva ingenuidade. Claro, era necessário dar um final feliz à novela e qual o melhor local para arranjar uma noiva para o rancheiro atraiçoado? Na quadrilha, claro… 

terça-feira, 6 de junho de 2017

ARZ137. As irmãs do morto

(Coleção Arizona, nº 137)

Três irmãs saem de Denver para Green River com o objetivo de vingar a morte de um irmão às mãos de um rancheiro bem instalado. Aí chegadas, estabelecem-se como modistas e um apelido diferente e fazem várias diligências para abater aquele que viam como assassino do familiar. Uma delas chegou a usar os seus melhores encantos para o atrair a uma emboscada. Ação aliás infrutífera pois o rancheiro parecia ter sete vidas e frustrava todas as sua tentativas, inclusivamente o recurso a assassinos profissionais.
Eis uma novela de Cesar Torre, num tom um pouco brincalhão, mas onde o dramatismo das situações não deixa de ser bem caraterizado. Para o ilustrar deixamos algumas passagens.




sábado, 3 de junho de 2017

ARZ134. A cobardia de um xerife

(Coleção Arizona, nº 134).

ARZ133. O xerife e a artista


(Coleção Arizona, nº 133)

«O xerife e a artista» é um título enganador, talvez para tornar este livro mais sugestivo. 
A ação decorre em S. Luis do Missouri, cidade com mais de cento e trinta mil habitantes, onde se juntavam os rios mais caudalosos da União, circunstância que permitia a passagem dos «barcos-saloons» e dos teatros flutuantes, famosos na história do Oeste, os primeiros pela sua turbulência, os segundos pelo seu romantismo. 
Tudo começa com a morte de um jornalista que tinha feito fortuna sem se saber como. O xerife O' Farrell decidiu-se a descobrir as causas da sua morte e acabou por se envolver numa atividade frenética para a destruição de uma rede de corruptos, batoteiros e ladrões. 
Um dos principais facínoras gozava dos encantos de uma bela artista pela qual o xerife se sentiu atraído. Mas a pobre rapariga acabou por desaparecer da história depois de uma manifestação de pessoas honestas contra a atividade de «saloons» flutuantes onde mulheres e batoteiros chupavam o dinheiro aos que trabalhavam arduamente. O desprezo final do xerife pelos seus encantos foi suficiente para não mais se ouvir falar nela…
É preciso chegar ao capítulo XI desta novela para desfrutarmos de uma cena verdadeiramente dramática e que dá uma certa qualidade ao texto: a morte do defensor de peças de teatro nos moldes tradicionais de autores gregos e outros clássicos. O homem permaneceu ao leme do seu barco enquanto o fogo o destruía.
De resto, o texto é francamente pobre e abusa de tiroteio para a resolução de problemas…


sexta-feira, 2 de junho de 2017

ARZ132. Dr. Tipsy «O Bêbedo»

(Coleção Arizona, nº 132)
 
 
Um homem que em tempos foi médico anda de cidade em cidade emborrachando-se, procurando assim esquecer um grande fracasso da sua vida profissional do qual resultou a morte de uma mulher. Tipsy, o borracho, é acompanhado por Swift Adam, um homem que tudo faz para o proteger.

ARZ131. A lei dos «Castle Mater»

(Coleção Arizona, nº 131).

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

ARZ130. O perseguido


(Coleção Arizona, nº130)
Glen Garret fugia dos homens brancos e acabou por ser salvo da morte por índios que nem o conheciam. Deparou então com a belíssima «Pequena Estrela» em relação à qual ficou com uma dívida de gratidão.
Regressado ao mundo civilizado, onde veio a ser declarada a sua inocência, veio a ter conhecimento de ataques dos índios chefiados pelo terrível Gerónimo e acabou por reencontrar a sua amiga num forte na companhia de «Antílope Veloz», um «yuma» que aparentava um comportamento estranho. Afinal este índio era um colaborador do chefe índio rebelde e tinha a missão de obter favores de alguns soldados a troco de ouro…
Este é um daqueles livros que daria um excelente filme do Oeste apesar de alguma fragilidade do argumento. A linguagem de Dinahe é, de início, um pouco atabalhoada, mas depois torna-se escorreita e a leitura agradável.
Passagens:

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

ARZ129. O "amigo" traidor

 
(Coleção Arizona, nº129)
 
Sem se perceber bem porquê, Hardy Marsh é procurado na cidade de Chacal City quando se preparava para cear com a bela Sarah Loman, a pedido de um amigo a quem o rancheiro Sam Delicado queria enforcar como ladrão de gado por o ter apanhado depois de ele ter abatido uma vitela para comer.
Hardy era um homem duro e conseguiu salvar o amigo que não o quis acompanhar e partiu com três mexicanos de má catadura. Hardy acabou por ser contratado por Sam e veio mesmo a convencer-se que o seu amigo era um bandido acabando por lhe dar combate apoiando o rancheiro.
Nesta história, contada na primeira pessoa, Hardy acaba por voltar aos braços de Sarah, recusando os encantos da filha do rancheiro.

domingo, 22 de janeiro de 2017

ARZ128. Choque de ambições


(Coleção Arizona, nº128)

 Os irmãos Karen e Stan Webster chegaram a Lansing com o objetivo de tomarem posse da herança deixada por um tio recentemente falecido, mas, mal deram os primeiros passos nessa cidade, puderam concluir que a sua estadia não seria fácil, dado que a rapariga foi humilhada e o irmão sovado por um par de brutos. Valeu-lhes um terceiro indivíduo, um verdadeiro homem do Oeste, rápido com as armas e exímio lutador que pôs os dois homens em fuga depois de lhes dar uma lição. Lex Burton era um homem que procurava não matar aqueles com quem se defrontava, mas inutilizava-lhes as mãos e tinha por isso a alcunha de «Hands».
Vieram então saber que havia uma terceira pessoa a competir com eles para a partilha da herança o qual ainda por cima os informou que esta não era a mais desejada: o rancho assentava sobre pedra, a casa estava destruída e a principal riqueza visível era uma nascente de água (a qual era utilizada por rancheiros das redondezas para as suas terras).
Karen não se importou muito com o assunto e em breve exigia aos rancheiros mil dólares por mês pela água que lhes fornecia. Depois, com o conhecimento progressivo da propriedade, vieram a saber que havia gado dos vizinhos nas suas terras a aproveitar os seus pastos.
Desenhou-se assim monumental conflito de interesses que acabou por ser resolvido a tiro, embora Karen tivesse uma fase em que parece ter traído os seus sócios para se juntar a um dos inimigos.
Enfim, uma novela um pouco chata, com algumas passagens engraçadas e que não merece referência de maior…

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

ARZ127. Os conspiradores do Texas


(Coleção Arizona, nº127)

 Sam Houston foi uma figura chave na história do Texas, tendo uma grande participação na independência desse estado do México. Após a independência, passou a ocupar diversos cargos no Texas, incluindo os cargos de Presidente da República do Texas, Senador e, também, Governador desse estado depois de sua união aos Estados Unidos, tendo a cidade americana de Houston recebido esse nome em sua homenagem.
A ação deste livro insere-se nesse processo complexo e sanguinário que foi a independência do Texas. Houston terá contratado uma jovem e bela mulher para se insinuar entre alguns comerciantes brancos residentes em Santo António no sentido de os aliciar para a causa. Em simultâneo, um conjunto de salteadores desencadearia um conjunto de ataques cujo objetivo era semear o pânico e pedir a própria intervenção das tropas de Houston dada a distância e impossibilidade de recurso às tropas mexicanas.
Acontece que a ação desses homens foi tão violenta que a mulher, Sara Carlisle, acabou por abandonar a causa o mesmo acontecendo a um dos homens de referência na cidade. Os homens eram, tal como denuncia o título da novela na origem «Los saqueadores», comportando-se mais de acordo com essa designação do que como «Conspiradores do Texas».
Esta novela de Cesar Torre é bastante interessante, tem a graça de fazer surgir um mascarado mexicano por quem a jovem se apaixona e que a segue e protege por todo o lado, mas no final perde-se em cavalgadas e tiroteio que a tornam um pouco menos conseguida.
Passagens:
PAS713. Patriotismo de salteador


domingo, 15 de janeiro de 2017

ARZ126. Um homem chamado "Furacão"


(Coleção Arizona, nº126)


Não se sabe bem porquê, um homem chamado “Furacão” chegou a uma povoação chamada Mannpyn e abateu em duelo um rancheiro, mal este o viu e reconheceu. Ele procurava esse e mais dois homens os quais viviam disfarçados como pessoas honestas depois de, na versão do matador, terem cometido bastos assaltos em que ele também tinha participado e pelos quais tinha cumprido pena de prisão.
John Washington não esclarece os motivos deste ajuste de contas mas tudo leva a crer ter existido uma traição daqueles homens relativamente ao ex-presidiário o qual acaba por se relacionar com a filha do primeiro daqueles homens. Afinal, a rapariga é vítima de roubos por parte de alguns dos seus empregados e vai contar com a sua ajuda para acabar com esses malfeitores.
A novela é agradável de ler mau grado alguma inconsistência no argumento. Onde se nota alguma falha é na caraterização espacial. Washington, um pseudónimo para Joaquim Ferreira Martins, descreve bem, logo de início, o local da ação, mas não a situa geograficamente… sabe-se lá onde é Mannpyn. Por outro lado, os nomes atribuídos aos diversos participantes, por vezes são esquisitíssimos, como é o caso do vaqueiro McCby (alguém consegue pronunciar isto?) e do próprio O’Crosby’s.

Passagens:
Leia Um homem chamado Furacão (Versão Integral)

sábado, 14 de janeiro de 2017

ARZ125. O filho do salteador


(Coleção Arizona, nº125)

 Tex Membor colaborava com o pai e um conjunto de homens nos assaltos que eles realizavam. Um dia surpreendeu os seus companheiros com uma estranha revelação: ele queria ser um «rural», queria seguir a vida de polícia. Tal caiu como uma bomba no seio da quadrilha que se desfez.
E Tex partiu.
Na sua caminhada para se integrar nos «rurais», Tex relacionou-se com uma família que detinha um rancho onde alguns factos estranhos se passavam. O nosso pretendente a «rural» começou por salvar a vida da jovem Alice de um bando de facínoras e, na sequência da oferta de hospitalidade por parte do pai desta, veio a descobrir que pessoas que viviam no rancho tinham um comportamento pouco saudável.
Conseguiria Tex vir a integrar-se nos «rurais»? Ou o apelo da bela filha do rancheiro seria mais forte? Eis mais um livro de Uriah Malthon que temos a sensação de já ter lido noutra coleção. Vamos a ver se descobrimos qual…
 

domingo, 8 de janeiro de 2017

ARZ124. Isto não é contigo!


(Coleção Arizona, nº124)

 Charles Derek é um vagabundo expulso dos rurais por se embebedar com frequência. O seu eterno deambular levou-o até Pecos onde veio a conhecer que um seu antigo companheiro ali tinha sido assassinado o mesmo acontecendo a um conjunto de madeireiros que se preparavam para desbastar um bosque.
O próprio facto de ter sido sujeito a um processo de violência por um conjunto de indivíduos menos escrupulosos a soldo de Howard Charisse fez com que procurasse reabilitar-se e interessar-se pelo que se passava na cidade.
Howard movia-se pelo desejo de explorar em proveito próprio uma mina de prata utilizando trabalho escravo protegido por pistoleiros e a sua ganância era tanta que não hesitava em recorrer ao crime. Mas Howard também vivia apaixonado pela sua linda prima, Tula e a sua reação quando alguém se aproximava dela não era a melhor.
Tula era posta à margem das catividades do primo. «Isto não é contigo!» diz o título da novela, mas um dia veio a conhecer Derek e uma nova realidade lhe foi traçada relativamente à família.
Esta novela de Uriah Moltan, autor que não conhecia, é muito interessante e bem narrada, embora um pouco precipitada na fase inicial.
Da mesma deixamos algumas passagens.

PAS704. Matar por uma mina de prata

domingo, 1 de janeiro de 2017

ARZ123. O rebelde


(Coleção Arizona, nº123)

 No Oeste convertera-se numa lei não escrita o principio de que os precursores podiam instalar-se na pradaria livre sem mais requisitos, tomando para si toda a terra que a sua força e ambição lhes permitisse. Essa lei estava tão fortemente arreigada que um homem podia vender o seu rancho a outro sem ser o dono legalmente reconhecido da terra.
Evidentemente que não havia legitimidade legal no sistema, mas como as leis do Oeste não tinham então nada que ver com a legalidade, pois estavam diretamente relacionadas com a capacidade de cada um para defender o seu ou apropriar-se do dos outros, o facto não oferecia grande importância.
Gentry Keller rebelou-se contra este sistema e registou em seu nome um conjunto de terras nos arredores de Akron, estado do Wyoming, iniciando a sua exploração contra os interesses do coronel Garfield um homem que desbravou um vasto império depois de o arrebatar aos índios. O conflito assim iniciado só terminou graças à presença de uma beldade filha do coronel que impressionou fulminantemente o rebelde.
Eis a pura novela do Oeste pela mão de Tex Taylor. Estão cá todos os ingredientes: a presença adivinhada dos índios, o saque das suas terras, o contacto com os cavalos selvagens, o baile onde a beldade humilha o que a vai cortejar

Passagens: